Orizicultura

Produção gaúcha de arroz deve chegar a 7,1 milhões de toneladas

Redução de 7,8% é consequência da diminuição da área semeada em 12% na safra 2022/2023 agravada pela estiagem

Foto: QZ7 Filmes - DP - Área colhida ultrapassou os 90% no Estado e trabalhos devem estar concluídos em duas a três semanas


A produção gaúcha de arroz na safra 2022/2023 está estimada em 7,1 milhões de toneladas, uma redução de 7,8% em relação à safra anterior, quando foram registradas 7,7 milhões de toneladas do grão. Segundo a diretora técnica do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Flávia Tomita, a redução é consequência da diminuição da área semeada em 12%, agravada pela perda de 15.120 hectares devido à estiagem, concentrada mais de 85% na Fronteira Oeste. Nesta safra, foram semeados 839.972 hectares de arroz irrigado no Rio Grande do Sul enquanto a anterior chegou a 957.185 ha.

A diretora acrescenta que a colheita ultrapassou os 90% no Estado e deve se estender ainda por mais duas a três semanas, quando o Irga deve dá-la por encerrada. Na Zona Sul, o coordenador regional do Irga, engenheiro agrônomo Igor Kohls, informa que o levantamento da produção recém está começando. "Temos poucos dados consolidados. A maioria dos produtores estão colhendo soja e acabam não tendo ou não nos passando os números finais de produtividade", diz. Ele acredita que em duas semanas tanto a colheita do arroz quanto da soja já estejam concluídas na região e com isso, o Irga terá os números consolidados das duas culturas.

A Zona Sul foi responsável pelo plantio de 153.008,12 hectares de soja na safra 2022/2023, aumento de 20% e 137.582,8 hectares de arroz, queda de 15% em relação à anterior. Nesta safra, a soja superou pela primeira vez a área de arroz nos 11 municípios da Coordenadoria Regional Zona Sul do Irga. Mesmo assim, a região produtora é responsável por 16,38% da área cultivada no Estado.

Abastecimento
Apesar da redução de área e perdas por estiagem, a safra atual possui algumas regiões com altas produtividades, fator que está minimizando os problemas climáticos enfrentados por áreas comprometidas por falta de água para irrigação, segundo o Irga. "Semeadura na época recomendada, aumento de área em rotação/sucessão de culturas e uso de cultivares de alto potencial produtivo, com destaque para a Irga 424 RI, semeada em 54% da área, devem garantir produção suficiente para abastecer o mercado interno", afirma o presidente do Irga, Rodrigo Machado.

Segundo ele, os elevados índices de produtividade vem mantendo abastecido o mercado consumidor, em que pese a redução de área plantada e os efeitos da estiagem. "Estes índices de produtividade refletem a qualificação e evolução da lavoura gaúcha, fruto do trabalho dos nossos produtores e da pesquisa e extensão desenvolvida pelo Irga, que ano após ano, garantem arroz no prato do brasileiro, acrescenta.

Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, os números apresentados pelo Irga trazem tranquilidade tanto para o mercado interno quanto externo. "Apesar da diminuição da safra na Fronteira Oeste devido ao problema da seca, temos um aumento de produtividade nas demais regiões o que compensou uma parte da quebra desta região", destaca. Segundo ele, a entidade deve continuar buscando a exportação para trazer uma referência e sustentabilidade aos preços.

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